O DESAFIO DA SAÚDE MENTAL

As políticas públicas de saúde no Brasil e mais especificamente as de saúde mental surgem no contexto do capitalismo liberal e não podem ser entendidas fora do contexto do surgimento da política do Estado bem-estar social. A ideologia democrática que envolve essas políticas, faz-nos acreditar na sua eficácia e eficiência, obstruindo-nos por vezes a visão real do que acontece no país, onde planejamento e iniciativa no sentido de implementá-las esbarra na questão gritante da desigualdade social, epidemia, que assola o país de norte sul. Esse estudo é uma reflexão acerca dessas políticas, de sua gênese e da forma como são gestadas, buscando além de uma avaliação técnica e teórica, uma avaliação de nossas possibilidades enquanto profissionais no sentido de fazer “a nossa parte.”, tendo a perspectiva humanista e humanitária como caminho como caminho. O recorte aqui escolhido, a saúde mental, tendo como de fundo a atuação de um Centro de Atenção Psicossocial em seu tratamento a pacientes esquizofrênicos, mostra como é possível aliar ao imprescindível tratamento medicamentoso, acompanhamento psicoterápico, atividade educacional (lúdica e física), de forma contínua e ininterrupta ultrapassando de forma quase ininteligível os empecilhos da gestão pública.