ESTUDO DA RESISTÊNCIA A FLEXÃO DE COMPÓSITOS PROCESSADOS A PARTIR DE RESÍDUOS: GARRAFAS PET, RESÍDUO DO BENEFICIAMENTO DO CAULIM E BIOMASSA DE MADEIRA

Autores

Cleyson Santos de Paiva

Palavras-chave:

Biomassa, Caulim, Compósito, PET

Sinopse

É crescente o número de pesquisas no Brasil voltadas ao tratamento de resíduos sólidos.  Como exemplo podemos citar os resíduos poliméricos, que após o consumo do produto interno ao vasilhame plástico são descartados em aterros sanitários, ou simplesmente eliminados no meio ambiente. No Estado do Amapá, não diferente dos demais Estados do Brasil, grande é a quantidade gerada e pouco é a reutilização deste resíduo. Além dos resíduos plásticos, o Amapá se depara com problemas voltados a destinação final de resíduos industriais, por exemplo, o resíduo do beneficiamento do caulim e biomassa vegetal. Para disposição final, grandes áreas são destinadas para depósito, formandos imensas lagoas e pilhas de caulim e biomassa, respectivamente. Uma alternativa para resolver este problema foi o processamento de um compósito da mistura destes três resíduos (plástico utilizado foi o PET, biomassa e caulim). Este trabalho avaliou o comportamento mecânico a flexão em três pontos do compósito de madeira plástica processada com e sem a adição do resíduo do beneficiamento do caulim de forma a se identificar a resistência do material bem como a existência de sua viabilidade de adição da biomassa e do caulim ao PET. Para isso foram confeccionados 120 corpos de prova que foram submetidos ao ensaio de flexão em três pontos em máquina universal de ensaios mecânicos de acordo com a norma ASTM D 790. No final de cada 10 ensaios mecânicos de uma determinada composição dos CP’s foi retirada a média dos valores e plotado em gráfico para visualização dos dados. Foram analisados os resultados e verificou que inviabilidade da adição de madeira ao PET, devido ao compósito ser um material frágil, mas quando adicionado o resíduo do beneficiamento de caulim e madeira no PET nota-se a viabilidade, desde que seja na proporção 40% de caulim e 60% da mistura PET com madeira. Já para misturas com 50% de caulim torna-se inviável o processamento.

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Publicado

fevereiro 7, 2022

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